A Vingança

A Ira de Sebasthien Rousseau

 Palavras do Autor

Introdução:


Nos tempos modernos, a violência invadiu todas as áreas da vida de relação do indivíduo: relação com o mundo das coisas, com o mundo das pessoas, com seu corpo e sua mente.
É como se o progresso tecnológico, o desenvolvimento da civilização, ao invés de propiciar o bem estar das pessoas concorressem para a reprodução da deterioração das condições de vida social.
A violência também deve ser entendida como produto e produtora da putrefação do mundo.
É como se vivêssemos um momento da nossa civilização em que a cultura não dá mais conta de canalizar a agressividade – que todos nós possuímos - em produções socialmente construtiva;
São como se as energias não encontrassem canais nem  formas de expressar-se dentro dos limites da lei e  das regras e vagassem soltas pelo ar esperando uma vítima.
A violência crescente é, aparentemente, descontrolada mobiliza em todos nós a agressividade enquanto destrutividade.
A destruição do outro e de nós próprios.
Por que, quem comete um crime seja ele qual for:
Também é destruído; pelo remorso, pela prisão, pelo ódio ou pelo linchamento.
Numa dessas noites de violência...


Capítulo 1

As ruas de Nápoles estão vazias sombrias, um homem caminha quase se arrastando, seus passos ecoam, As luzes tremem ao ultrapassar as lágrimas, o seu olhar vazio assusta até mesmo os marginais que nem ousam falar diante da presença dele. Depois de vagar algumas horas sem rumo ele se depara com um bar que ainda permanece com as portas abertas e resole entrar para ver se consegue alguma bebida. Ainda faltam algumas horas para amanhecer.
O Homem bebeu até que seu cérebro não comandasse mais, não queria pensar, não podia. Era insuportável pensar.
Começava a amanhecer, as pessoas saiam de suas casas para trabalhar, algumas passavam neste bar para tomar café. E não gostaram da presença suja do homem que continuava sentado no bar.
Uns homens chegaram perto dele para saber o que ele fazia ali a esta hora da manhã se embriagando, e um deles perguntou como se fosse o dono do bar;

- Meu chapa! O que você está fazendo aqui, com essas roupas sujas, você está em um local de família. Quem é você?

Ele não respondeu, se fez de surdo. Um deles, um grandalhão empurrou os outros para saírem da frente e segurando o homem pelo colarinho, retirou um punhalzinho do bolso da jaqueta e perguntou bravo.

- Hey camarada ! Quem é você desgraçado bêbado? Se não responder não sai vivo daqui.

= Vivo eu? Você acha que eu estou vivo? – perguntou ele.

- Seu bêbado idiota me responde somente o que eu perguntar e não com outra pergunta se dá valor a essa sua vida miserável. Retrucou o grandalhão.

= Eu que sou o idiota aqui? Tem certeza? E de que vida você está falando? Como vou dar valor ao que não existe? - Continuou calmo o desconhecido

O grandalhão estava muito irritado com esse bebado retrucando com tanta calma., As narinas escancaravam de ódio, todos os outros cochichavam sobre a bobeira que ele estava dando. Irritado mais ainda o grandalhão, de repente ele dá um puxão e levanta o homem da mesa dizendo:

- Eu te avisei! Agora vou te mandar pro o inferno.

O homem começa a rir na cara do grandalhão e diz sem parar de rir:

= Como voce vai me mandar para onde já estou?

E numa virada rápida segurou o grandalhão pelo pulso e torceu de uma só vez, todos ouviram o estalo, o grandalhão caiu de joelhos gritando de dor.

O desconhecido se abaixou e disse perto do ouvido dele.

= Meu nome é Sebasthien Rousseau! Eu já to morto cara, então, é melhor você dar valor pra sua vida e me deixar em paz.

Os outros levantaram o grandalhão chamando pra irem logo ou chegariam tarde no trabalho. Sebasthien voltou para o balcão e se sentou de costa para os homens. Eles colocaram o grandalhão sentado a uma mesa para imobilizar o pulso enquanto um deles irado com a calma de Sebasthien pegou um taco de sinuca e mandou na sua nuca de Sebasthien espatifando o taco. Ele ficou um tempo parado, pensaram que ele fosse desmaiar, ledo engano! Ele se levantou virou para quem o acertou respirou fundo e disse.

= Será que vou precisar te ensinar que não se bate em um homem pelas costas, ainda mais num cara bêbado?

E mandou um soco no rapaz que o atacou pegando bem por baixo do queixo jogando-o de costas nocauteado, e perguntou cambaleante;

= Mas alguém ai quer aprender boas maneiras?

Eles se afastam deixando-o a sós com o Barman que já reclamava da baderna. Sebasthien paga e sai do Bar, as pessoas lhe dão passagem cochichando entre si. Ele vai para um Hotel pede um quarto que a janela lhe dê a visão do beco, se joga na cama e dorme durante todo o dia.
Quando a noite vai baixando ele se levanta, o calor está infernal! Mas como? É inverno!
Sebasthien vai para janela e fica observando esperar a chegada total da noite, marcando na memória todos que passam por ali.
Até que avista um homem loiro alto de rabo de cavalo que caminha na companhia de mais alguns caras. Um corisco de ódio percorre todo corpo de Sebasthien como se fosse uma droga a preencher seu ser. Ele vai ao banheiro, lava o rosto, arruma os cabelos e desce. Espera na porta do hotel fingindo ler um jornal que lhe cobre o rosto até que o loiro passe por ali de volta
  Eis que ele aparece conversando exaltado com um comparsa, passa pela frente de Sebasthien sem notá-lo, Sebasthien avança atrás deles com cautela, se esgueirando nas sombras como se mergulhasse nelas, o loiro entra em um galpão fortemente protegido. Os homens que tomam conta do local estão fortemente armados com artilharias pesadas. Sebasthien está cansado, mas caminha silencioso tentando se aproxima do bando sem ser notado. Tenta perceber algum sinal de Albert o loiro, um assassino mafioso.



 Capítulo 2


      A noite está bastante escura, e também muito fria, o inverno está terminando, mas ainda retém suas gélidas gotas de orvalho.
Em meio a toda aquela beleza mórbida das pessoas agasalhadas e encolhidas algo que não era esperado se iniciará.
O ar subitamente se carregou... Cães se debatiam nas correntes Sebasthien foi descoberto por eles. Desesperadamente, ele tenta esconder sua presença prendendo a respiração. Com um ensinamento do Ninjutsu.
Alguns capangas que estavam repousando se alvoroçaram com tal presença.
E em meio a todo esse alvoroço por um instante o silencio se faz!

Sim Sebasthien está de volta envolto entre as sombras da noite!

                                                                 Ele quer vingança!

Não sabe se está vivo ou morto, também, que diferença faz?
Ele só está ali para se vingar, a dor em seu peito o esmaga, tortura como uma roda medieval, uma dor como se algo o devorasse por dentro, o frio e a morbidez da noite parecem alimentar tudo isso.
As lembranças dolorosas de seu ultimo dia com sua família vem como filme rebobinado.
Como flashes cortando sua carne, relâmpagos de fúria desprendem dos olhos de Sebasthien enquanto ele procura alguém na escuridão alguém.
  E encontra! Dimitri! Um cara monstruoso com olhos felinos visíveis na sua silhueta malévola vinda do breu do galpão. Sebasthien se lembra das dores que foram causadas por ele em sua coluna, seu sangue ferve, vai se esgueirando pelas paredes, entre os contêiner tentando chegar o mais próximo possível, além de seu tamanho imenso, ele tem uma Calibre 38, uma  USI e quatro cartuchos enrolados no braço.

 Enquanto Sebasthien caminha na escuridão para chegar até Dimitri continua tendo flashes de memória..

- Ah pai você não está jogando pra valer. Manda essa bola na minha direção eu sou um goleiro e preciso treinar diz François.

= Ah é assim! Então eu vou matar no peito, jogar pra cima outra vez, depois me jogo para trás apoiando nas mãos atrás do corpo e com um giro violento de pernas, na finta! Eu mando a bola de bicicleta, com efeito... eeeeeeeeee gooooooooooool.
- Sebasthien rindo muito por ter pego o filho desprevenido prestando atenção nas suas firulas ao invés de prestar atenção no jogo e continua gritando gol..

- Sacanagem pai você me distraiu! – diz o menino ruivinho de sardas no rosto e muito magro para os seus 08 anos e seus olhos azuis brilhantes

= Sacanagem não! Você me mandou chutar.

- Mas você fez firula.

= É claro François! No Futebol é como na vida. O mais esperto e concentrado, faz os melhores passes.

E foi caminhando para seu filho que o esperava de braços cruzados e cara emburrada, achando que seu pai foi falso e maquinando um jeito de se vingar. Sebasthien pergunta passando a mão na cabeça do filho;

= E aí estamos entendidos? Percebeu que você precisa sempre estar alerta?

- Alerta pai? Perguntou François calçando o calcanhar do pai fazendo-o ir ao chão e levando junto o filho. Os dois deram gostosas gargalhadas rolando no gramado e François falou rindo muito:

- Agora eu entendi pai! Sempre alerta! ahahhah....

-= Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.

Um grito de pavor veio da casa, entraram correndo, nada havia na sala. Como Sebasthien é Policial disse ao filho. Enquanto subia as escadas de dois em dois degraus. Imaginando algo muito ruim pelo desespero do grito.

= Me espere aqui filho!

Assim que abre a porta do quarto vê um loiro de cabelos enormes presos em um rabo de cavalo ainda limpando a faca que havia cravado várias vezes em sua mulher. Sebasthien avança para ele gritando o nome da esposa, mas antes que chegue perto do loiro que olhava para ele com desdém, sente uma forte pancada na cabeça!
Desmorona!
Quando se vira vê diante dele Dimitri que sorrindo com escárnio lhe diz;

- Surpresa! – saindo de trás da porta e chutando seu rosto, Sebasthien tenta levantar, mas o gigante pisa com toda força estraçalhando os discos de sua coluna, a dor é insuportável. Sebasthien olha para Marie que está morta em uma poça de sangue e pensa no filho que ficou na sala... O desespero toma conta dele, tenta se arrastar até a cama para pegar a arma de Marie que fica em baixo do colchão, mas o loirão segura a “Nove mm” no dedo, perguntando sarcástico.

- Procurando isso tira de merda? Marie me deixou por você, mas eu disse que quando saísse da prisão vinha buscá-la, mas ela preferiu morrer. Agora é a sua vez. (o gigante mantinha-o preso embaixo de seu pé calcando sua dorsal estraçalhada.). Mas antes tenho um presente para você! Traz ai LATINO.

O coração de Sebasthien quis parar naquela hora antes de ver o presente, ele sabia que se tratava de François...  Dito e feito! Latino entrou e jogou junto a eles, o corpo de Françoise decapitado. E o loirão atirou...
.....
    Sebasthien balança a cabeça para afastar os pensamentos e chega perto do primeiro capanga que está encostado no carro com o fuzil na tira virado para baixo distraído com os olhares  eróticos de Samir sobre  a silhueta esbelta de Etienne, um francesinho de corpo bonito, que chegou a pouco ao bando trazido pelo chefão, e por ter administração em seu currículo cuida das finanças. Sozinho em seu pequeno “escritório”

Sebasthien se abaixa e vai se arrastando, entra debaixo do carro onde está o cara do fuzil e espera o Samir se afastar indo em direção ao "escritório" tem intenções com o francesinho.
Chegando do outro lado dá um puxão no cara do fuzil  pegando-o pelos pés, ele cai de cara no chão, e antes que reaja Sebasthien pega seu pescoço e torce quebrando-o os outros dois que estavam sentados sobre uma caixa ouviram o barulho, e assoviaram Sebasthian continuava agachado ao lado do carro, quando notou que pequenos pares de olhos espiavam-no com olhar maldoso. Todos pairavam em volta dele rosnando, desejosos de um ataque, ou um comando. Pareciam criaturas do inferno com olhos amarelos, seus dentes de fora, assustavam quando abriam e fechavam as mandíbulas se arreganhando nervosas. Seus cérebros primitivos armavam o bote, e esperavam o comando de seu dono, eram cães de guarda vigilantes e ferozes.
Sabendo que os cães não atacariam sem um comando Sebasthien apanhou a arma do capanga morto e começou a esgueirar-se pelos cantos bem devagar, seguido pelos cães prontos a atacar.
Um dos capangas que estavam sentados na caixa, procura de onde veio o barulho, Sebasthien puxa o morto e esconde, quando o capanga chega perto do carro, Sebasthien o pega por trás e corta-lhe a garganta com seu canivete e o coloca junto ao outro capanga morto que já está escondido. O capanga que continua lá de guarda grita para o que foi investigar:

- Ramon! Se encontrar ou desconfiar que tenha alguém é só dizer aquilo que os cães atacam, mas cuidado para não dizer perto de mim, eles não fazem distinção quando recebem a ordem
Está no cartãozinho lembra? Aquele cartãozinho que Dimitri nos deu, é só dizer o que está escrito com voz de comando entendeu?

Depois se cala sentando e esperando o amigo voltar.
Sebasthien tenta ser amável com os cães, se mostrando amistoso, enquanto procura no bolso do comparsa o tal cartãozinho falado, pelo jeito todos têm: e encontra.
Movido de coragem e pelo ódio,  passa no meio dos cães que rosnam abafado com os dentes de fora e olhos demoníacos, mas não atacam...
Ao ver que se trata de Latino o homem que jogou François em cima dele decapitado. Seu sangue gela de ódio! Num impulso aparece diante do cara que se levanta dum salto e antes que ele fale ou faça qualquer coisa, Sebasthien com voz de comando e com muito ódio. Ordena!!!

= Demônios! Ataquem! Na jugular!

Em segundos os cães que são treinados para isso atacam ao mesmo tempo o Latino e dilaceram o pescoço dele...  Sebasthien segue seu caminho de vingança.

Capitulo 3

Depois de deixar o facínora sendo estraçalhado pelos cães, percorre o local dando a volta em todo galpão e avista um homem grande que revisa a sua 38, ele rola o cão da arma e olha pelo furo fechando um olho, está distraído. Sebasthien chega bem quieto por trás.
E usando sua habilidade Ninjútsu sussurrou no ouvido dele;

= A Morte... Chegou...

Dimitri se virou num reflexo e mandou um soco na direção da voz, mas socou somente o ar, sem acertar nada, alguém cutucou seu ombro, ele virou e de novo bateu no nada. Sebasthien começou a falar apavorando o grandalhão;

= os seus amigos não virão em seu auxilio? Sabia que eu pensei que eles fossem mais fortes?
Já que são guardiões do chefão. Cuidado! Não pode atirar aqui dentro!

Dimitri começou a andar cautelosamente seguindo a voz que mudava de direção por todo o galpão.
E falou mostrando-se calmo.

- Cara! Você só pode estar maluco! Sabe o que eu faço com os otários igual a você? Você sabe com quem tá mexendo?

Silencio absoluto!
Mas Dimitri sente uma presença sombria, e antes que consiga identificá-la, leva um golpe direto na cara e desaba no chão com todo seu peso estrondando, quando se recupera Sebasthien está de pé ao lado dele todo de negro e retirou a toca ninja... Dimitri fica mudo por uns instantes depois balbucia;

- Ti... Ra...? Mas... Mas você tá morto...

Sebasthien o pega pela camisa, enquanto está assustado cola a cara bem perto da dele e pergunta;

= Estou?

Dimitri vai chegando para trás se arrastando no chão até encostar num contêiner e ficar encurralado,
Sebasthien que acompanhou toda a trajetória sorri debochado e pergunta:

= está muito surpreso em me ver?

  Passando os primeiros momentos de surpresa, Dimitri se levanta armando guarda, num ataque rápido ele manda dois diretos rápidos em Sebasthien socos que vieram de trás com a mão forte numa velocidade espetacular! E que foram revidados bem veloz por Sebasthien com Jabs socos retos com a mão da frente (que teoricamente parece mais fraca), mas Dimitri também é muito rápido e se esquiva fazendo Sebasthien passar direto no golpe e aproveitando vai com tudo pra cima dele, mas Sebasthien  o segura pelo braço e torce, depois escora o cotovelo de Dimitri com a palma da mão e com a outra quebra o braço dele, o gigante cai aos seus pés urrando de dor. Ainda rindo Sebasthien pisa no braço que ele quebrou e fala:

= Você deve estar querendo saber como voltei dos mortos não é? Eu vou lhe dizer Dimitri, porque, quem está morto aqui é você.

Dizendo isso pisa forte no braço quebrado dele e continua falando enquanto Dimitri grita de dor.

= Quando você destruiu minha coluna e Albert atirou em mim, eu fiquei desacordado por um dia inteiro e acordei na casa de um velho mestre em artes ninja que me curou as feridas, os ossos quebrados e me deu coragem para me vingar. Você é o primeiro, a saber, que estou vivo. Porque seus amigos morreram sem saber quem os matou.

Dimitri tenta fugir enquanto Sebasthien está falando, mas ele o derruba com uma rasteira, e com um golpe quebra a perna direita dele com uma porrada forte no joelho. Dimitri levanta, mesmo sem conseguir se manter de pé, mas Sebasthien não ataca, quer fazê-lo sofrer.
Dimitri com o braço direito e a perna direita quebrados investe contra Sebasthien com uma faca que estava na bota, ele ri sadicamente enquanto fala.

= - Ah, mas sinceramente você acredita que, sozinho, vai meter medo em mim? Vai estar embaixo de sete palmos antes disso. Está pronto?

O Homem com o olhar vago fita Sebasthien e tenta investir contra ele. Sebasthien parado como que hipnotizado pelo olhar plástico de Dimitri espera.
Silêncio! Depois Sebasthien fala:

= Você é o cara mais covarde que já conheci em toda a vida. E você sabe que nessa vida de Policial, eu já vi de tudo que é tipo de gente.

Dimitri joga a faca na direção de Sebasthien pegando de raspão na cabeça dele... Ele fala com desprezo.

= Bem Dimitri, hoje não é seu dia de sorte!

E rindo sadicamente bateu com força no outro joelho de Dimitri que berrou no chão se arrastando. Ele viu que estava próximo seu fim. E tenta chegar até sua arma, quer atirar mesmo que mande pelos ares o galpão inteiro. Mas Sebasthien não permite, atira seu canivete na mão sã de Dimitri que não tem o que fazer. O braço esquerdo pendurado, as duas pernas quebradas nos joelhos (fratura exposta) e sua mão esquerda ultrapassada pela lâmina de Sebasthien.
Ele pega Dimitri pela mão do braço quebrado e arrasta pelo galpão até colocá-lo junto a seus colegas de profissão segurando-o pelos cabelos e diz

= Essa é por Françoise!

E fura a jugular de Dimitri com o canivete suíço que retirou da mão dele. Deixando-o sangrar até a morte e vai até a sala de Albert. Que trancou a porta e espera ajuda.

Final

Em matéria de inteligência e de recursos, Albert não é páreo para Sebasthien. O que ele tem de vantagem em relação a todos os bandidos é o fato de ser o Chefão. Mas não faz nada só sabe mandar.
Sebasthien foi até o contêiner onde caiu Dimitri  pegou seu 38, voltou lá na sala de Albert e abriu a fechadura a poder de tiros, Albert brindou seu oponente com uma rajada à queima-roupa. Sebasthien se jogou no chão, rolou e levantou dentro do salão, com a arma de Dimitri semi descarregada e desceu a coronha na cabeça de Albert que bambeou, mas em seguida reagiu usando o corpo da metralhadora como aríete. Sentiu o aço afundar na carne de Sebasthien que se contorceu e bloqueou o avanço dele.
Sebasthien queria fazê-lo pagar por cada segundo de dor que ele o fizera passar. Era realmente um jogo perverso, uma tortura psicológica. Albert o olhava temeroso, desesperado. Sebasthien podia ter apertado o gatilho da arma, talvez o tivesse matado, talvez não, mas seria um ato fútil, mera reação e não era o que ele queria. Quer matá-lo com suas mãos, mesmo que morra com ele. Já se sente morto mesmo. Enquanto Sebasthien pensa, Albert corre e se esconde em um armário embutido onde guarda armas, depois que entrou sentiu medo de que Sebasthien atirasse, ele iria pelos ares.
Albert trêmulo, fica olhando por uma fresta Sebasthien andando do lado de fora como um animal acuado.
 A intensidade da luz era intolerável. Os ossos da coluna estalavam pela pressão da coronhada.
Albert vacilou, mas conseguiu firmar a vista para estar atento ao que seu algoz fizesse.
O fato de ele estar vivo era algo totalmente antinatural.
 Caminhou.
Um passo de cada vez.
Tenso.
Hesitante.
Os membros frágeis, frouxos, ainda sob o tortuoso processo de reconstrução da estrutura muscular depois de apanhar de Sebasthien o fazia vacilar.
Mas ele precisava encará-lo!
Precisava ter certeza, por conta própria, de que Sebasthien Rousseau estava morto.
  Enquanto matutava uma estratégia se esqueceu de Sebasthien que invadiu o salão com uma "Transpaletes"
E, antes que Albert tivesse reação ele pulou da "Paleteira" o segurou pelo braço torcendo para trás, isso doeu.

Albert sentiu a pele, fina como papel, esgarçar sob a roupa. No entanto, pior que a dor física, Tinha o fato de ele precisar tanto de ajuda.
Os dedos trôpegos de Sebasthien pegou no bolso a lâmina suíça antiga e cravou até o cabo no braço de Albert que ele segurava.
Depois a puxou com o peso do corpo, rasgando a pele branca.
Ele golpeou de novo. E de novo. E de novo.
O braço do mafioso estirou o tendão, tamanha foi à violência do ataque.

Sebasthien nem percebeu... Claro que ele nem percebeu isso.

Estava desabafando.

Estava enterpecido pelas lágrimas.

Com um movimento brusco rodou Albert, colando seu corpo de costas no dele, segurou-o pelo rabo de cavalo bem rente à cabeça estirando seu pescoço...
E fez um corte aberto na jugular do facínora.

Fez uma secção grossa, de extensão curta.

Profunda.

Sentiu Albert esmorecer, soltou-o no chão.

Sua vingança estava cumprida.

Mas não aplacou sua dor.
Sebasthien notou decepcionado que a dor estava ali! Viva no seu coração, no seu corpo, na sua mente pelas lembranças. Não adiantou a vingança! Nada irá fazê-lo esquecer o momento em que viu seu filho decapitado ser atirado em cima dele imóvel no chão... NADAAAA!

Esgueirando-se como entrou Sebasthien Rousseau, saiu do galpão.
A polícia estava chegando, com as sirenes em estardalhaço ele não quer ser visto por ninguém.
Colocou sua touca ninja e desapareceu na noite...


Uma criação de: Lê Mât

Um comentário:

  1. Ah que pena! A sta colocou um comentário tão bonito e excluiu sta Sabaytas.
    Não foi pouco caso, eu só não sabia o que dizer com os elogios.
    mesmo assim agradeço.

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Todo escritor se sente lisonjeado com comentários ou cíticas construtivas, nos ajuda a melhorar. Eu Lê Mât agradeço o privilégio.