OBSESSÃO

Pensamento do Autor "Fetiche"

Fetiche vem da palavra Francesa “fétiche”
E quer dizer
(um empréstimo)
A língua portuguesa traduziu em feitiço, cuja origem é o latim “facticius" que traduz (artificial fictício”)
É de certa forma um objeto material ao qual se atribuem poderes mágicos ou sobrenaturais, positivos ou negativos.
Um fetiche é, sobretudo, uma espécie de obcessão por alguma coisa, uma situação, pessoa, ou parte da pessoa.
Uma atração ou fixação incontrolável que dá origem a um prazer intenso. 
Nem todas as espécies de fetiche estão diretamente ligadas à prática sexual
O fetiche da mercadoria opõe-se à ideia de "valor de uso", uma vez que este se refere estritamente à utilidade do produto. O fetiche relaciona-se à fantasia (simbolismo) que paira sobre o objeto, projetando nele uma relação social definida, estabelecida entre os homens., relativizando a noção de fetiche ao constatar os fatos são também ficções, e as ficções são também fatos.
O simbolismo seria constituinte da própria realidade.
A artificialidade seria uma condição positiva dos fatos. O Fetiche é sadio até que não imponha a vontade de quem não o deseja, assim será: Estupro psicológico.


Cap 1 


  Luzia Morano caminha pela Alameda 25 onde moravam seus pais, ela sentiu uma grande vontade de ir até a sua antiga casa. Sua barriga já está bem pontuda, enquanto caminha até em casa admira sua barriga nos reflexos das vitrines acariciando-a e pensando em Andrea o pai de seu filho, sentindo saudades e pensando em quanto ele ficaria feliz com a chegada de Jr.Luzia tem trabalhado muito com todos esses crimes para desvendar e o tempo que lhe resta para montar o enxoval é curto. Hoje ela saiu um pouco mais cedo para escolher as roupinhas de seu bebê, 

 Luzia parou em frente uma vitrine encantada com a variedade de mantas, quando nota pelo vidro da vitrine uma silhueta masculina com os olhos fixos nela. Luzia treme! 
A possibilidade de ela estar sendo perseguida era de quase cem por cento, ela sabia disso, mas mesmo assim não seria covarde ao ponto de entregar o jogo. 
Pegou uma câmara aperfeiçoada dessas que usam os detetives e sorrindo como toda mãe encantada filmou sua barriga na vitrine. 
(claro que o intento era pegar o perseguidor na filmagem)
O indivíduo usava um chapéu ridículo e fumava um cigarro de palha soltando grandes baforadas de fumaça.

- Que nojo! Coisa mais antiga. – pensa Luzia enquanto filma.

Depois de filmar “a barriga” Luzia foi rapidamente pra casa revelar os filmes. Tinham vários zoons do homem e em todos eles, a cena principal era a fumaça que vazava dos lábios grossos do indivíduo. 
O mesmo olhar promíscuo, a mesma exatidão que ele possuía ao encará-la. Luzia Tremeu, suou frio como nunca fizera igual, ela sempre pensou que tanta tensão fosse pura invenção de cinema. Luzia adorava debochar das expressões dos atores... 
Hoje percebeu, quão realístico era aquilo que estava passando, lembrou e absorveu os mesmos calafrios dos atores e os mesmos gritos internos dos filmes de terror enquanto revia o filme várias vezes.

 No dia seguinte ao sair novamente do trabalho Luzia sentiu os passos conhecidos e pensou:

- O que será que esse filho da mãe quer comigo?

O homem continuou a observá-la, às vezes tirava o chapéu da cabeça e a cumprimentava. Luzia sentia seu corpo se dissipar por inteiro, temia por seu filho, sabia que esse homem a seguia, mas como provar isso na delegacia, passaria por louca, ele era até gentil.
Luzia caminhava pela cidade de olhos atentos nas vitrines donde via a silhueta do tal homem, nesse dia ele ficou para trás. 
Luzia deu graças, afinal ele desistiu de segui-la, mas a mente policial dela não perdeu nem um pouco a atenção. De repente ela o vê mais a frente e nota que ele possui uma bengala coisa que ela ainda não havia notado, ele está encostado no muro olhando para baixo, Luzia resolve não passar por lá, entra em uma Rua antes desta, e descobre desesperada que ele desencostou do muro, apoiou a bengala na calçada, puxou o chapéu para frente do olho e acelerou os passos até ficar mais próximo dela... 
O que Luzia queria era abordá-lo e prendê-lo, mas por quê? Suas cordas vocais suplicavam que fizesse isso, porém, ela não deixou que seu desespero fosse notado.
Porque como policial, ela sabe que quando se está sendo perseguido, deve-se ter confiança e não aparentar preocupação.
Mesmo que Luzia não tivesse gritado, tinha a testa franzida e os olhos choravam sem chorar. 
Seu rosto falava por ela. 
No “Beco” não adiantava gritar, não iriam acudi-la.

 Luzia não teve escolha: correu. Correu como se hoje o mundo fosse acabar, como nunca havia corrido... Precisava salvar seu filho.

E ele também correu.
Até que chegaram à Rua Projetatta.

O homem a alcançou sem deixar lugar para ela continuar sua desembestada carreira.
Finalmente Luzia gritou.
Ela repetia descontrolada, a mesma frase, com os olhos lacrimejando que chegava a sentir o gosto salgado das lágrimas.

- ”Não, por favor. Não, não, não… por favor, meu bebê”.

Luzia estava com tanto medo que algo acontecesse a seu filho que não lutou, se deixou segurar por aquelas mãos asquerosas.

O homem a encurralou na rua sem saída, segurando seus braços pelo pulso com bastante força. 
Ela chorava e perguntava o porquê daquilo.
Ele colocou o dedo indicador sobre a boca de Luzia mandando-a se calar, mas para a surpresa de Luzia, o cara também tinha lágrimas nos olhos.

— Desgraçado! Você deveria se envergonhar de assustar uma grávida assim. E está chorando por que seu imundo?  perguntou Luzia procurando uma brecha para fugir.

- Ninguém me entende! – fala ele suspirando decepcionado

- ninguém consegue compreender meu lado. Sou um apreciador de mulheres grávidas e também sou um artista. Eu componho poesias que falam sobre a anatomia de uma mulher que está gestante, ninguém percebe a beleza.

Dizendo isso, ele se ajoelhou no chão sem soltar os pulsos de Luzia e achegou a cabeça em seu ventre.
Luzia pensou em chutar-lhe os colhões, mas precisaria ser bastante forte para que depois, pudesse correr até em casa que ainda estava a dois quarteirões por ela ter mudado o caminho para fugir dele. Então, pensou em distraí-lo falando algo que o aborrecesse a ponto de querer lhe retrucar, e falou:

- Você não é um poeta!

Ele se virou vagarosamente e perguntou:

- Porque diz isso?

- porque um poeta tem que ter essência?

Retrucou Luzia e ele continuou com o cenho franzido:

— Ser poeta para mim não é compreender a beleza estética, e compreender o modo de vida, o pensamento e os gostos de quem escreve.

Novamente ela ia replicar, mas foi barrada por ele:

— Cale-se! Eu não quero e nem preciso me satisfazer com mulheres grávidas como você, Não fique na defensiva desse jeito e também não me humilhe mais.
O que eu preciso de você é fazer de ti a minha inspiração. Sentir os contornos de seu ventre! 
– dizendo isso ele esfrega levemente a cabeça no ventre de Luzia e continua:

- Preciso que você não corra de mim quando eu quiser conversar. Preciso que você não veja em mim um Puto pervertido só por eu gostar de escrever sobre a anatomia das mulheres grávidas. Sou um homem desacreditado, sem influências e sem moral por meus gostos e...

Antes que termine leva um golpe na nuca com a sua própria bengala que ele havia deixado no chão ao se ajoelhar.

Luzia levanta a cabeça e vê seu salvador 
– Nathan Drack – que estava à caça do VINGADOR e quando chegou na Rua Projetatta foi alertado por uma mocinha de que esse crápula seguia uma mulher;

- Você está bem Luzia? Pergunta o federal.

- Agora estou, mas tive muito medo por meu filho.

- Quem é esse cara Luzia?

- Não sei Nathan vamos revistá-lo. Disse Luzia; 

e começaram a investigar os bolsos do homem. Pelos documentos ele tinha sido despedido por falta de atenção no serviço.

Investigando, Luzia e Nathan descobriram que o nome dele é Venceslau Crisântemo e que ele era alto executivo de um conglomerado financeiro. O Presidente havia desconfiado da mudança de atitude dele e contratou um detetive para segui-lo e descobrir o que este fazia, para que estendesse tanto seu horário de almoço. O Presidente disse ao detetive:

- Eu quero ter certeza absoluta se Venceslau faz algo duvidoso antes de despedi-lo.

Após uma semana o detetive volta e trás seu relatório:

- “Todos os dias da semana, o Sr. Venceslau sai do trabalho, no horário de almoço, apanha o carro, vai em casa almoçar, depois vai até a casa do Senhor Para elogiar a gravidez da sua esposa e fazer poemas sobre a anatomia dela enquanto fuma calmamente um de seus excelentes charutos assim que termina volta para o trabalho, é somente isto que o atrasa tanto no horário de almoço senhor Presidente”.

Esse havia sido o motivo de sua demissão por justa causa, ganhando a fama de pervertido. Isto fez com que não fosse mais contratado por grandes empresas.
Como o tal Venceslau não machucou Luzia nem nenhuma outra mulher teve que ser solto.

 Capítulo 2


Enquanto isso em outra viela da Rua Projetatta

Uma figura caminha por entre as pessoas quase que imperceptível em sua roupa negra... É O VINGADOR que faz sua ronda noturna, ele está apreensivo, pois há alguns minutos atrás sentiu a presença de um vulto negro muito rápido que o seguira... Pouco depois, a chuva começa a cair ficando torrencial como se fora enviada. Os raios se tornam cortantes, mostrando ao VINGADOR uma luz que ofuscava a visão no escuro e na dificuldade causada pela chuva. 
Quando os raios cortaram o céu ele pode ver um vulto negro passando e pensou:

- Novamente esse vulto que conheço dos meus pesadelos.

Novos raios! O VINGADOR vê que o vulto está parado mais adiante, e que a tal luz vem da mão dele.

O VINGADOR continua sua caminhada mais atento, está chegando seu prédio e o vulto continua parado como se fosse estátua. No alto da torre da Igreja o relógio marca 23:59m . Sebasthien divaga:
Meia noite; o relógio começa a soar uma, duas, três vezes...

- Feliz Aniversário Pai, viu eu esperei para te dar parabéns agora vou te abraçar e vou dormir.

Quatro, cinco, seis vezes...

- 25 anos querido! Já devia ter juízo! Mas amamos você mesmo assim. Venha até aqui abrir os presentes...

Sete, oito, nove, dês vezes. Sebasthien sorriu, sabia que Marie nutria certo desprezo por seu trabalho, mas no fundo tinha orgulho dele e Françoise sentia o mesmo que ela...

A última badalada pareceu soar mais alto do que as anteriores e ainda ecoou nos ouvidos de Sebasthien, por menos que o tempo de um batimento cardíaco, porém, pareceu durar uma eternidade assim como o silêncio que veio depois.

É seu aniversário, e a única companhia de Sebasthien é aquele vulto na chuva que com certeza não iria lhe dar os parabéns.

Pela altura do poste o vulto encostado nele tinha mais ou menos a sua altura, quase dois metros. Sebasthien de repente correu na direção do vulto negro que estava em frente a igreja.
 Ele começou a correr também com movimentos estudados, e lançou duas adagas na direção de Sebasthien que desviou rápido abaixando totalmente o corpo em arco para trás, depois rolou no chão e sacou as adagas que haviam caído adiante, levantou e continuou correndo sua vida dependia de seus movimentos rápidos. 
O vulto também correndo atirou outra adaga, Sebasthien mais uma vez fez um giro se esquivando e atirou as adagas que havia pegado no ar ao serem atiradas pelo tal vulto.
Continuou correndo uns 5 metros para o outro lado, notando decepcionado que o vulto desviou e refez o movimento diminuindo uns quatro metros de Sebasthien, já podiam olhar-se nos olhos. Os dois estavam de máscara, mas O VINGADOR conhecia aqueles olhos azuis esféricos de mira certeira -Splinter!
E Splinter conhecia o ódio que nutria o olhar cinzento penetrante do Vingador.
Sebasthien deu um salto para cima dele com intento de imobilizá-lo, mas Splinter sacou sua Taser prateada e atirou um projétil de calibre 5,65 ponte-aguda donde prenderia O VINGADOR pela onda T novamente, mas O VINGADOR esquivou-se e ainda no ar, colocou a mão dentro do, sobretudo, pegou seu canivete, fez um movimento para trás com o braço esticando-o perpendicular ao corpo e paralelo ao chão e lançou-o com um movimento muito rápido, soltando quando seu braço estava totalmente esticado para frente.
O canivete voou como um projétil na direção de Splinter que simplesmente inclinou a cabeça para o lado levando junto seu tronco numa rotação de 90 graus e o deixou passar, acompanhando-o com o olhar.
O VINGADOR aproveitou essa distração e puxou as pernas de Splinter jogando-o no chão, enquanto caia Splinter sacou novamente a Taser, mas antes que disparasse
O VINGADOR rodou seu corpo puxou suas pernas num rápido movimento sentando sobre suas costas, sem soltar a Taser Splinter tentava atirar para trás enquanto era imobilizado em uma gravata...

- Parado vingador! Polícia! Levante-se de vagar com as mãos atrás da cabeça.

Sebasthien se levanta com as mãos à vista apoiadas na nuca.

- Vire-se de vagar! Diz quem deu a voz de prisão.

= Se é assim... Je suis aux ordres! – você?

Diz Sebasthien ao ver que se trata de Nathan Drake

Aproveitando disto Splinter desapareceu na direção da Alameda 25 sumindo na escuridão e na dificuldade de visão que a chuva provocava.

- Calado VINGADOR! Tudo que disser sem a presença de um advogado poderá ser usado contra você.

= Eu conheço isso Nathan! Você me segurou e deixou o assassino do Franccesco fugir.

- Quem? O atirador de facas? Conta outra VINGADOR! Ele não seria imobilizado assim por você com toda astúcia dele, vamos ponha as mãos para trás.

Disse Nathan algemando Sebasthien e o empurrando para uma viatura federal que estava mais adiante.
Sebasthien seria levado à presença do diretor do Biro Federal de Investigação

O Federal Bureau of Investigation ou simplesmente Escritório Federal de Investigação é o mais conhecido órgão federal dos Estados Unidos que faz o papel da polícia federal daquele país. Sua sede fica em Washington, Vieram à Itália por pedido do diretor do Órgão Federal de Investigação de Nápoles (OFIN) para ajudá-los na captura do VINGADOR.

Finalmente pegaram Sebasthien Rousseau O VINGADOR

Capitulo 3

A chuva parecia aumentar a cada minuto, o que seria impossível, pois já havia chuvido bastante.
Os raios caiam agora com mais frequência e o frio era quase congelante, contudo, Sebasthien não sentia nada disso, seu ódio por Splinter o aquecia mais do que qualquer inverno.
Dava-lhe cada vez mais força, Nathan continuava guiando Sebasthien segurando pelo ombro com os braços presos.
Não se passara nem 10 minutos dês de a meia noite, porém, o tempo parecia arrastar-se.
Tudo era percebido em câmera lenta, tanto por ele, quanto por Nathan que o levava preso.
Nathan passa as mãos pelo rosto retirando um poço da água da chuva quando nota que uma sombra avançava velozmente na direção deles pela frente.
Nathan saca a pistola para atirar, mas se detém com algo que vem por atrás dele, bem a tempo de saltar para esquerda e evitar o que quer que fosse.



Num movimento instintivo Nathan se jogou no chão sentindo algo passar raspando por suas têmporas e disparou quatro tiros na figura indistinta que se aproximava sorrateiramente pelas suas costas, e então, saltou novamente e se pôs de pé ao lado do cadáver. Olhou em volta se havia mais alguém... Silêncio!
Procura por Sebasthien e pelo vulto que viera pela frente haviam desaparecido, Nathan se abaixa ao lado do cadáver, ele tem uma máscara, Nathan retira a máscara, dois grandes olhos azul esféricos parecem sorrir...

Final


Nathan procura as chaves do carro que perdeu durante este incidente quando o estardalhaço da polícia o assusta.

- Quem os chamou? – pergunta Nathan ao ver a rapidez em que chegaram.

- duas pessoas de negro em uma moto envenenada. O homem do carona me disse que o senhor estava em apuros com o assassino do Franccesco. O químico que foi assassinado na gare do Metrô.

- Como o Senhor está capitão?

Nathan se afasta um pouco sem responder ao policial. Quer extravasar sua raiva;


- VINGADOR seu desgraçado! Você me paga! Desgraçado!
...

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