O Refém

Pensamento do Autor

Razão

A razão nasce do cérebro, de onde vem os pensamentos coerentemente elaborados quando necessários. Com a razão toma-se sempre uma decisão precisa. Já a emoção não, ela chega de dentro, vem dos nossos sentimentos, daí não pensamos, ouvimos apenas o o desespero.
O ruim é, que há momentos em que deveríamos agir racionalmente e acabamos agindo com os sentimentos; ficamos muitas vezes divididos entre a razão e a emoção. Nós mesmos é quem devemos aprender a saber distinguir a razão da emoção para não fazermos escolhas erradas... Já sabendo a diferença entre as duas, estamos com meio caminho andado. Mas só aprenderemos optando porque nem sempre agir com a razão é o melhor para nós. Assim como, assumir a emoção cegamente sem medir os prós e os contras da nossa escolha. É complicado lidar tanto com a razão quanto com a emoção, mas a vida ensina através da experiência que não devemos lidar com a vida alheia.

A escolha de Christine Nash o tornou um crápula.


Capítulo 1
 


Enquanto Joan Danelli estava sendo julgada por seus crimes, Sebasthien averiguava a vida de Christine Nash descobriu muitas coisas andando pelas ruas da cidade e percorrendo alguns bares.

Encontrá-lo sempre no mesmo bar em um fim de noite qualquer, já havia se tornado corriqueiro.

La estava ele como se esperasse algo, isto intrigava a mente aguçada do investigador Sebasthien Rousseau.

A maior parte do seu tempo Nash passava naquele bar, pelo menos durante a noite, desde que mudou de atividade. Nash trabalhou enfurnado num escritório sujo e sufocante.
Durante grande parte da sua vida ele viveu atrás de uma mesa minúscula,
 encurralada em um canto vago e amontoada de papéis.
Nash entrou cheio de esperanças para a Polícia de Nápoles .
Ele via nos filmes que os policiais eram usados em grandes batalhas e confrontos, mas o que lhe restou no departamento foi corrigir pilhas e pilhas de relatórios de seus camaradas, ele revisava com esmero detalhe por detalhe para ver se havia algum embuste nos mesmos, era um trabalho que não parava de crescer, não importava o quanto ele se esforçasse.
Muitas vezes passando como dedo duro porque tinha que entregar quando o relatório estava fora das normas do departamento

Seguia uma rotina maçante de acordar todos os dias as 06:00, da manhã, enfrentar uma hora de transito, isso em um dia promissor, depois passar dez horas em 2 metros cúbicos com o ventilador quebrado e o barulho infernal do telefone tocando incessantemente, como se fosse diretamente dentro da sua cabeça.

Até que um dia, ele surtou.

Pediu as contas, mesmo sem saber o que faria da vida daquele momento em diante. Sem nenhum plano, sem nenhum contato de emprego ou entrevista agendada.
Simplesmente desistiu.

Passou algumas semanas de ócio até que surgiu uma oportunidade para a sua nova atividade.

A família não aceitou e o abandonou.
Dos amigos, ele mesmo teve que se afastar.
Não queria deixar ninguém em perigo.

Desde então, Nash passava muito tempo neste bar.

Dominni, o Barman, era o que ele chamava o mais próximo de um amigo.
O cara o escutava atento na maioria das noites, enquanto servia um whisky atrás do outro.

A atividade de Nash se resumia a esperar e esperar.

Ficava noventa e oito por cento do seu tempo esperando uma mensagem de texto ou sentado naquele Bar esperando uma ligação. Sua atividade era um contato bem simples, apenas um nome.
O nome da pessoa que ele devia matar.

Não era necessariamente um trabalho ético, não possuía nenhuma responsabilidade social ou algo do gênero, mas a grana era boa.
Pagava suas contas e ainda sobravam uns bons trocados para gastar todas as noites solitárias com bebidas caras no bar do Dominni.

Até que em uma dessas muitas noite em que ele passava sentado no Bar tomando seu whisky e conversando com Dominni, sentiu o celular vibrar.
Já era bem tarde da noite, Nash pediu licença ao seu amigo Dominni e foi até a mesa mais adiante para ver do que se tratava a mensagem.

Era um SMS contendo apenas um nome: Dominni.

Estava quase amanhecendo, o bar já estava vazio.
Não havia viva alma ali além de eles dois.

Nash pediu desculpas ao Dominni que o olhou perplexo, incrédulo, sem mover um músculo, Nash sacou sua 9 milímetros e disparou no peito do amigo três tiros certeiros.

Virou as costas e foi embora, calmamente, mas com um pensamento martelando em sua mente:

Preciso encontrar um meio mais fácil e rápido sem precisar me expor assim.
Nesta hora Christine Nash pensou que trabalhar era mais fácil.
Saiu do Bar e atravessando de uma calçada para outra, encontrou uma moça que tentava abrir a porta de aço de uma loja donde tinha escrito no letreiro “Produtos Homeopáticos”
Assim ele conheceu Joan Danelli.



Capítulo 2

O senhor Máximo Beltrão foi sua ultima encomenda, porque Nash fugiu com o produto do roubo.

O senhor Beltrão era seu conhecido, ele sempre passava na joalheria e dizia que um dia compraria um anel com uma pedrinha de brilhante para Joan.
Nash por diversas vezes levou para Sr. Beltrão algumas guloseimas que Joan fazia.
Até que seu celular vibrou com a mensagem para ele matar o Sr. Beltrão destrancar a porta da joalheria e ir embora sem tocar em nada.

Nash foi até Joan que preparou a agulha de acupuntura sem saber para quem, claro!
Ele prometeu que seria a ultima vez e depois disso lhe devolveria Lucian.
Nash fez o que estava na mensagem do celular e saiu.
O que deu errado foi que ele gostava deveras do Sr. Beltrão.

A aplicação do veneno deveria ser feita da seguinte maneira: fincando a agulha no ponto exato, o que é bem fácil, é feito com um pequeno toque no fundo da agulha que entra serenamente, depois a agulha é retirada do local ficando o liquido.
A morte é instantânea por asfixia.

Nash estava nervoso por tirar a vida de mais um amigo, ao invés de retirar a agulha quebrou-a deixando a ponta que foi achada pela doutora Milla.

Nash foi para casa pegar Lucian para entregar a Joan, mas ele havia fugido da empregada.
Nash voltou à joalheria por impulso, ainda tinha a chave entrou e viu seu amigo deitado no mesmo lugar que ele deixou, as joias estavam nas gavetas, todas elas.
O cofre foi aberto e havia uma caixa vazia dentro dele, Nash então aproveitou e roubou as joias e o dinheiro que ainda estava no cofre.

Saiu trancou a porta e foi com o produto do roubo.
Desde então procura por Lucian. Este foi encontrado por “Cossaco” perambulando pela rua.

Ao mostrar as características físicas de Lucian disseram a Nash que estaria no abrigo. “Cossaco” desmentiu e escondeu o menino que tinha medo do pai por maus tratos.
Depois que Joan foi solta ele mantinha o filho enclausurado, Lucian era o trunfo para Joan fazer o que ele quisesse.

Havia passado três meses da morte do Sr. Beltrão até que os parentes permitisse que fosse feita a exumação do cadáver.
Agora precisavam pegar Nash.

A Polícia usou Lucian como isca, deixou Nash saber que ele estava entre as crianças de “Cossaco” e armaram um esquema para pegá-lo.

Os agentes vigiaram o dia inteiro e Nash não apareceu, então deduziram que ele viria á noite. Cortaram os cabelos de Lucian, vestiram-no novamente como menino e deixaram que ele aparecesse na janela para ser visto pelo pai.
Depois foram dormir.

Capítulo 3


Os soldados da NOCH estavam de prontidão em pontos estratégicos.
Por volta de vinte e duas horas ouviram o clic na porta de entrada e ficaram todos em silêncio.
No abrigo não existem muitos cômodos, as crianças dormem todas no mesmo local, somente “Cossaco” dorme separado por ser um adulto.
Nash entrou bem devagar para não acordar as crianças, pegou Lucian nos braços e ia saindo quando deram voz de prisão. Imediatamente ele segurou Lucian por debaixo dos braços deixando-o com as pernas penduradas e colocou uma faca em seu pescoço e gritou para os soldados:

- Me deixem ir ou furo Lucian!

Lucian esperneava gritando para que Nash o soltasse, ele por sua vez apertava mais o menino que chorava.

O capitão falou calmamente:

- Solte-o Nash! Você não tem saída.
Deixe o menino e venha conosco.

Nash não obedeceu, e com a ponta da faca furava o pescoço de Lucian na lateral, já estava sangrando e Lucian gritava desesperado deixando o pai mais nervoso.

Os soldados pensaram em sair do galpão para salvar a vida de Lucian.
Com o nervosismo e o medo de ser preso Nash poderia mesmo degolar seu filho.

De repende os policiais avistam uma figura imensa, vestida de negro com mascara de esqui por trás de Nash, viraram as armas na direção da figura que fez um sinal com o indicador na boca pedindo silêncio, e com sinais entendidos pela polícia disse que pegaria Nash por trás.

O Capitão continuou falando calmo com Nash;

Christine Nash você está machucando seu filho.

O sangue escorre pela roupa de Lucian e Nash continua com a faca aprofundando o ferimento, as crianças gritam desesperadas, “Cossaco” implora que ele solte Lucian.

Durante o desespero a figura de negro conseguiu chegar próximo e com os dedos, indicador e polegar deu uma torção no músculo supra-espinhal do braço que segurava a faca fazendo-o soltar e gritar de dor, em seguida pegou-o numa gravata por trás e calcou o cotovelo na coluna dele imobilizando. Nash foi algemado.
O capitão disse seus direitos e o levou para o camburão.

“Cossaco” chamou a ambulância para Lucian que sangrava sem parar, enquanto estavam preocupados em prender Nash e salvar Lucian, o estranho de negro desapareceu nas sombras.

Nash foi julgado e condenado. Prisão perpétua

Joan teve prisão decretada por cumplicidade 20 anos

Lucian foi entregue a Gena Danelli como tutora. 

As joias foram devolvidas.
 
Faltando uma parte que Nash não confessou de jeito nenhum o que fez com elas.






Final

Alguns dias depois Gena foi ao banco ver seu saldo, precisava trabalhar muito, agora tem um filho para criar, quando saiu o extrato Gena teve uma vertigem, se encostou á parede, depois engoliu seco e firmou o corpo para ler novamente o extrato.

Investimentos: saldo em 15/11/2012

Fundos de investimentos; Conta corrente.

Já descontados o imposto de renda: $22.000,000 

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